Começamos pela sinopse do filme: Conta a história de um mercador de pele, guia e caçador chamado Glass (Leonardo Di Caprio), que junto ao seu filho (fruto de um amor com uma indígena local), participa de uma caçada a ursos para venda de suas peles. Porém, logo no início do filme, metade desse grupo é morto em ataque indígena, eles estão atrás dos homens que acabam com a natureza selvagem e estupram suas filhas, em um desses ataques, os caçadores sequestraram a filha do Chefe indígena o que traz revolta a tribo. Após um tempo viajando pelo rio, todos os caçadores deixam seus cavalos e passa a caminhar a pé, guiados por Glass. Durante um destes descansos, Glass avista um filhote de urso e passa a seguí-lo, sua mãe ursa percebendo o movimento, ataca Glass deixando-o quase morto no meio da floresta, ele revida dando um tiro de rifle e algumas facadas, o ataque encerra e quando seus colegas o acham, é dada poucas chances de sobrevivência. Daí começa a luta de Hugh Glass pela vida e retorno à ela, além de alimentar um desejo de vingança por quilômetros para encontrar os homens que o traíram.
Então, se o filme era pra ser ecologicamente correto eu não sei. Pois, o que sei é que o Léo morre umas 5 vezes nesse filme e regressa, abate uma ursa e cai literalmente do cavalo numa linda sequência de perseguição. Na verdade, vendo O Regresso eu lembrei muito do filme A Árvore da Vida ao ver os pensamentos do personagem Glass (Leonardo Di Caprio), é um filme altruísta, e conta com inúmeros valores a serem questionados como coragem, abandono, sobrevivência, deixados para trás, amor, trabalho em equipe, comando e tomada de decisões. Quem sabe será um futuro filme para pesquisas acadêmicas, assim que os professores puderem avaliar melhor.
A história é baseada em fatos reais e agora vai virar livro, então os leitores ávidos se preparem. Acredito que o roteiro do filme, o foco, girou em torno das lembranças de Glass sobre um passado ocorrido há pouco com sua amada índia e seu filho, isso é o que o sustentará até o fim do longa. Quem não sobrevive por amor? As cenas de Léo machucado após o ataque permanecem em todo o filme, o que deixa você um pouco enjoado se não está acostumado a tanto sangue no gelo (pela brancura do solo, o vermelho fica super destacado) e por vezes umas pingadas nas câmeras. As caras e bocas do ator, te deixam com aquele ar de: nossa como conseguiu ficar vivo?
Os efeitos visuais e maquiagem no corpo de Leonardo Di Caprio foram fantásticas e fiquei boquiaberta em saber que o rapaz sobrevive a este ataque, nossa! Nossa! Nossa! É a maravilha do cinema em ação...(rs), mas também é só, porque depois o filme fica bem apático e demora bastante para uma nova cena de ação, o que me deixou bem decepcionada. Mas, o Oscar foi para o Léo, isso é o que importa! Mereceu realmente, embora acredito que o filme não seria o vencedor, precisava de mais elementos pra ser o eleito da vez e do ano.

O que posso dizer a vocês é que o filme vale a pena ser visto e deve estar disponível nas locadoras em meados de maio/2016. Vale lembrar as palavras de Leonardo Di Caprio ao receber o Oscar:
"Obrigado a Alejandro G. Iñarritu e Chivo [diretor de fotografia Emmanuel Lubezki] por criarem uma experiência cinematográfica transcendente. O Regresso foi sobre a relação do homem com a natureza, um mundo que teve em 2015 o ano mais quente já registrado. Nossa produção teve que se mudar para a parte mais ao sul do planeta só para achar neve. A mudança climática é real. Está acontecendo agora. É a ameaça mais urgente à nossa espécie, e precisamos trabalhar coletivamente e parar de procrastinar. Precisamos apoiar os líderes do mundo todo que não falam pelos grandes poluidores e grandes corporações, mas que falam por toda a humanidade, pelos povos indígenas do mundo, pelos bilhões e bilhões de pessoas desamparadas que serão as mais afetadas por isso, pelos nossos netos, e por essas pessoas que tiveram suas vozes afogadas pela ganância política. Não vou esconder que foi a filmagem mais difícil da minha vida, mas no final teve sua recompensa porque González Iñárritu traduziu esse esforço em uma obra de arte" (Di Caprio)
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