09/03/2016

A GAROTA DINAMARQUESA (por Kyka Freitas)


"Encontre a coragem para ser você mesmo. Eu te amo
 porque você é a única pessoa que me entendeu, que me fez possível."

The Danish Girl - A Garota Dinamarquesa. Melhor Atriz Coadjuvante para Alícia Vikander e Indicação de Melhor Ator para Eddie Redmayne (Melhor Ator 2015) no Oscar 2016.
Merecia o de melhor filme e ator. Affs, essas premiações me tiram do sério!
Bom, não é novidade pra ninguém que esse foi o meu filme do ano 2015. Merecia não só as indicações, mas todos os prêmios de consagração. Casal perfeito, cenário perfeito, fotografia, roteiro adaptado, direção linda de Tom Hooper, enfim, esse era meu preferido.

 
poster oficial do filme

Tudo bem que temas polêmicos já fazem parte de Hollywood e com "A Garota Dinamarquesa" não seria diferente! Eddie Redmayne (Einar Weneger/Lili Elbe) e Alicia Vikander (Gerda Weneger) estrelam esse filme sobre o "amor". O foco principal é a transição de gênero do personagem Einar, ao nascer foi lhe atribuído o sexo masculino, mas ele era intersexual (tinha características tanto masculinas como femininas) e viveu com isso até seus 27 anos,  mas o filme também pode ser descrito como um longa que fala e exalta o amor e cumplicidade do casal. Baseado numa história real, A Garota Dinamarquesa recria o cenário original onde tudo aconteceu na vida destes dois artistas ilustradores.

antes Einar Weneger                               depois Lili Elbe

O filme é desenrolado quando Gerda pede a Einar uma ajuda para terminar sua ilustração de uma tela para uma apresentação no teatro, a ajuda no entanto era pra ele vestir algumas peças de roupa feminina que compunha a ilustração, quando ele veste lembra-se de um passado distante e a partir daí dá sentido a fluidez entre os gêneros, confundindo-o por diversas vezes.

Resultado de imagem para a garota dinamarquesa

O ápice do filme, sem dúvidas, é o fator reconhecimento, onde Einar se despe na frente de um espelho do teatro após uma discussão com Gerda. A cena do nú artístico (frontal e lateral) é bem trabalhada nos detalhes e emociona os telespectadores em sentir o que o artista sentiu ao se ver daquela forma. "Não foi tão fácil de interpretarexigiu foco e concentração, não é fácil fazer um nú artístico com tantas pessoas e câmeras focadas em você" (relata Eddie). De acordo com Alícia, tudo foi tão lindo e maravilhoso que: "Quando terminamos de gravar as cenas, eu me senti tão bem ao ter interpretado a Gerda que deu vontade de abraçar Eddie só por ele ter interpretado a Lili de uma forma tão natural e emocionante, eu me apaixonei pela história dela". Acho que todos nós que assistimos acabamos sentindo isso.



"NÃO É O NÚ ARTÍSTICO OU NÃO, EM CENA, QUE DIZ SE A PESSOA É OU NÃO DIGNA, É A SUA POSTURA PERANTE A SOCIEDADE."
 (Glória Menezes)

Ao se reconhecer como Lili, Einar passa a não mais adotar o vestuário masculino e sua esposa começa a perceber que há um caminho sem volta. Esse fato ainda traz a mente a lembrança de um jovem amigo, Hans, que o beijou quando criança por achar ele tão lindo como uma garota. Os dois acham melhor ver um médico e saber o que está acontecendo, mas nada adianta e Gerda recebendo uma proposta de expor em Paris, embarca com o esposo para alívio momentâneo. É lá que encontram com o Hans e este os ajuda a conhecer o médico Warnerkros que prometia revolucionar a medicina e o corpo de Lili e é neste cenário novo que resolvem transcorrer as cirurgias de redesignação sexual.



Bom, se vocês não conhecem a história de Lili, é bom dá uma olhada na sua biografia "Man into Woman" lá há todos os relatos de sua vida de 14 meses como Lili Elbe, detalhes que o filme, por falta de tempo e questões culturais, não pode mostrar, além disso, alguns países proibiu ou boicotou sua exposição, além da má divulgação de sua Produtora e Distribuidora. O Brasil não ficou fora disso e muitas salas de projeções não exibiram o filme. 

Eddie Redmayne, que impressionou no papel do físico Stephen Hawking em "A teoria de tudo", volta a surpreender na metamorfose Einer/Lili nessa história que acontece em Copenhague e Paris entre 1926 e 1931, época em que o corpo feminino se liberava totalmente através da moda e da dança graças a designers como Jeanne Lanvin, Coco Chanel e Paul Poiret. Paco Delgado se inspirou nos três para criar os looks de Lili e Gerda.
Alicia Vikander, que acabou levando o Oscar 2016 de Melhor Atriz Coadjuvante com este filme, ainda fez outro que brilho no mesmo Oscar, Ex-Machina, levando um Oscar de Melhor Efeitos Visuais. 

Este filme estará em na Exxa filmes em BREVE, (DVD e Blu-ray).
Confira o trailer do filme: 






Nenhum comentário:

Postar um comentário