by curtase on setembro 15th, 2010
Por Wilson Melo – estagiário
Muita irreverência e animação foram as características encontrada no longa, Vida de Balconista, que abriu a primeira noite do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE). O filme conta o dia a dia de um balconista que se depara com casos e acasos cotidianos de uma locadora de vídeo. São 75 minutos de histórias de clientes com as mais variadas características.
Indecisos, cinéfilos, anti-sociais, abusados, rabugentos e traquineiros são alguns dos temperamentos que o balconista, interpretado pelo ator Matheus Sonlano, têm que aturar durante a sua jornada de trabalho. Vida de Balconista também aposta em fazer referência ao cinema e faz uma homenagem ao ator, diretor e roteirista Quentin Tarantino.
O longa tem roteiro e direção de Cavi Borges e Pedro Monteiro que arriscam no básico para alcançar a identificação do público. “O que nos levou a fazer uma produção mais simples, mas com uma interação de cena legal foi o fato do filme ter sido feito destinado apenas para a exibição em celulares. Porém o sucesso foi tanto que resolvemos levar para as telas dos cinemas”, esclarece Cavi.
A idéia de produzir um filme para ser exibido em celular criou a necessidade de trabalhar com estruturas, físicas e humanas, mínimas. “O filme foi rodado em uma única locação, em apenas uma noite entre às 22h e às 11h30 do dia seguinte, com apenas uma câmera, orçamento de 10 mil reais e com apenas 25 pessoas entre atores, diretores e equipe técnica”, explica Pedro Monteiro.
Para manter o clima mais leve e de descontração Pedro Monteiro comenta que não avisou aos atores que seria a gravação do longa. “A princípio, só quem sabia que a gravação iria gerar um filme era eu, Cavi e o Matheus Solano porque assim as gravações ocorreriam de maneira mais fácil e descontraída” afirma Pedro.
Público
As estudantes de publicidade e propaganda Ana Paula Passos e Tatiana Aquino ficaram impressionadas com o envolvimento do público que o filme produz. “O que mais gostei do filme foi o fato dele retratar a vida de um profissional que trabalha com o público e que tem que ter um jogo de cintura para tentar agradar a todos os clientes”, diz Tatiana Aquino.
A estudante Ana Paula Passo pontua que a mistura dos diferentes perfis de pessoas que freqüentam uma locadora trouxe mobilidade ao filme. “Apesar de ser em apenas um cenário, a interação entre os atores deu um movimento que contagiava quem estava assistindo. O filme também faz refletir como as pessoas se comportam dentro de vídeo locadoras”, comenta Ana Paula.
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